quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Novo tópico frasal !

Sei que o título do blog deixa o leitor com a impressão de que sou um machista, mulherengo, radical e com gosto musical discutível, mas não é (só) isso. E essa semana a pergunta de um aluno me fez refletir sobre um aspecto de minha vida sobre o qual não costumo pensar muito.

No meio de uma aula minha de Redação, um aluno disparou a pergunta inquisitória: o senhor é ateu, né?! Sinceramente, na hora, eu pensei: o que te interessa, ou mesmo, o que tem isso, e se eu for? Mas não respondi imediatamente (o tempo de resposta do homem mais experiente muda) e fui refletindo durante minha explicação sobre o que penso ser a resposta.
Antes de mais nada, ateu não posso ser, pois acredito na existência de Deus. Talvez fosse mais adequado até dizer que acredito em deuses, ou sei lá o nome que dão às forças místicas que não compreendo e possivelmente interferem em nossas vidas. Tive meus momentos de religiosidade intensa, mas passaram como os acontecimentos da vida.
Acredito num Criador, mas custo a acreditar num Interventor. Aos meus 28 anos, blasfemei contra o que achava ser uma perseguição divina. Sabe aquela história de se sentir a formiguinha que está sendo queimada pela lente de aumento de uma criança malvada? Então. Depois, percebi que nada de bom ou de ruim que acontecia comigo era por interferência direta dos céus. O sucesso ou o fracasso vinham de mim. E principalmente, no meu caso, a culpa é sempre minha e a vitória é dos outros.
O que acontece é que não acredito numa interferência tão direta de forças divinas em nossas vidas, como pessoas religiosas fazem. Mas não deixo de ter certo misticismo respeitoso quando percebo que fará diferença pros outros ao meu redor. Minha mãe(assim com ELE) me deu um escapulário. Um padre lá benzeu. Agora, pergunto a vocês (meus dois leitores): vocês tirariam o cordão do pescoço? Eu não tiro de jeito nenhum! Por mais que eu pense ser apenas um cordão. Sabe-se lá o quanto isso não tem me protegido nessa vida louca que levamos nessa cidade insana que é o Rio?
Posso não acreditar em muita coisa, mas acredito na fé de minha mãezinha.
Religião é outra coisa. Assunto para outros textos infinitos como o universo. Isso se você acredita mesmo que o seja...

Também não acredito tanto na ciência!

2 comentários:

Felipe Braga disse...

Acho que também não tiraria do pescoço. Sim, deixaria lá, até porque não faz peso. rs
E não acredito em destino. Acho que essa palavra foi criada para servir de desculpa pros nossos fracassos.
E Deus não tem nada a ver com religião. Hoje não vou mais à igreja, pois descobri que Deus está dentro de mim.
E padres - assim como eu - são corruptos.
É, acho que as únicas religiões que não foram corrompidas são as africanas. Mas, cara, isso não tem mais nada a ver com o post. hahaha
Abraço.

piranhacamuflada disse...

hj eu tiraria o escapulário na boa, msm minha mãe sendo como a sua. tenho coragem de desafiar o desconhecido pq pouco me importa. mas tb não aceito essa definição de atéia...depois de se viver tanto vc percebe q não existe acaso e q algo conspira contra ou a nosso favor, o q é não faço idéia, nem vou perder meu tempo com ela(sim certamente é algo feminino!).o q importa é só viver em paz.